FRONTEIRAS EM EXPANSÃO PERFORMANCE E POÉTICAS DO CORPO | 2021.2
“O corpo, como poder infinito dos possíveis, não tem necessidade de se submeter à regra do espetacular; sua aventura consiste justamente em quebrar o espelho ou passar para o outro lado.” O corpo como objeto de arte, Henri-Pierre Jeudy (p.110)
Esta exposição não é apenas sobre imagens e vídeos com trabalhos acadêmicos de alunos-artistas. Ao adentrar a sala, as projeções delimitam o campo visual ao mesmo passo que revelam a percepção do espectador sobre o corpo em performance.
A proposta da disciplina realizada no último semestre (2021.2), os estudos da performance na história da arte, as manifestações no espaço urbano e a relação com outros meios, como fotografia e vídeo, também falam do corpo na arte contemporânea: da ação do corpo no espaço ao corpo como espaço da ação.
Entre Contaminação e Limites, temas trabalhados na disciplina, a poética do corpo explora as possibilidades e impossibilidades da ação artística frente aos confrontos externos e internos propostos nas ações performáticas. Cada ideia seguiu sua própria narrativa, de forma íntima e pessoal, revelando-se abrangente e tocante nos discursos poéticos contemporâneos.
Contaminação expõe a fragilidade e vulnerabilidade do corpo em amostra. Fluídos, tintas e tensionamentos. Um corpo-estranho em contato com o objeto-corpo revela a inquietude da ação e a fragilidade em relação ao tempo vivido e exposto. Situações do dia a dia que escondem suas sujeiras e ameaças nas entrelinhas do comum.
Em Borderline – limites e “deslimites” (sic) – explora-se as fronteiras entre corpo e mente ao narrar caminhos vividos e, por vezes, não desejados. O duelo entre fala e silêncio, a prisão e a liberdade, respiro e sufocamento tornam-se um limiar que o corpo pode chegar. A pintura se destaca ao se camuflar. A costura pode ser bela e agoniante.
Assim, é através do jogo paradoxal entre contradições, dúvidas e afirmações que a presente se organiza e se justifica. Ou melhor, cada obra é como que um modo de exorcizar de si a distopia surgida dos tempos de ódio, de crise, de pandemia. Um jeito de ser, de agir, de sentir, que inquieta e questiona: qual o seu limite?
Equipe Curatorial.
Agro Tóxico. (2022), por Samuel Siqueira
Agro Tóxico.
Samuel Siqueira.
Vídeoperformance.
Duração: 7'57"
2022.
Sem título. (2022), por Sarah Colodeto.
Sem título.
Sarah Colodeto.
Vídeoperformance.
Duração: 17'11"
2022.
Sem título. (2022), por Na Bastos
Sem título.
Na Bastos.
Vídeoperformance.
Duração: 4'00"
2022.
Sem título. (2022), por Maria Luiza Mendonça
Sem título.
Maria Luiza Mendonça.
Fotoperformance.
Duração: 1'56"
2022.
Sem título. (2022), por Marcelle Veríssimo
Sem título.
Marcelle Verísimo.
Vídeoperformance.
Duração: 5'47"
2022.
Contaminação. (2022), por Leandro Müller
Contaminação.
Leandro Müller.
Vídeoperformance.
Duração: 1'16"
2022.
Transtorno. (2022), por Kassius
Transtorno.
Kassius.
Vídeoperformance.
Duração: 2'27"
2022.
Determinado espaço. (2022), por Jonatha da Luz
Determinado espaço.
Jonatha da Luz.
Vídeoperformance.
Duração: 0'49"
2022.
Para tirar leite de pedra. (2022), por Jeanne Jardini
Para tirar leite de pedra.
Jeanne Jardini.
Vídeoperformance.
Duração: 15'33"
2022.
Contaminação. (2022), por Frontana
Contaminação.
Frontana.
Vídeoperformance.
Duração: 11'46"
2022.
Borderline. (2022), por Eduardo Zamariano
Borderline.
Eduardo Zamariano.
Vídeoperformance.
Duração: 3'46"
2022.
Preferia vinho branco. (2022), por Daniel Oliveira
Prefiria vinho branco.
Daniel Oliveira.
Vídeoperformance.
Duração: 3'01"
2022.
Identidade.(2022), por Badu
Identidade.
Badu.
Vídeoperformance.
Duração: 9'51"
2022.
Caminhada. (2022), por Arthur Monteiro
Caminhada.
Arthur Monteiro.
Fotoperformance.
Duração: 1'28"
2022.
Sem título. (2022), por Andreia Rodrigues
Sem título.
Andreia Rodrigues
Fotoperformance.
Duração: 1'04"
2022.
Sem título. (2022), por Ana Cruz
Sem título.
Ana Cruz.
Vídeoperformance.
Duração: 3'52"
2022.